Periódico de Acesso Aberto
0.4
Indexada na
SCOPUS
B3
2017-2021
quadriênio
Tecnologias e Estudos Ambientais | v. 13 n. 1 (2025)
Luce Helena Kochem Luciane Oliveira Crossetti Claudia Alessandra Peixoto de Barros
Informações do autor
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Publicado em março 08, 2025
A Lagoa dos Barros, no sul do Brasil, é exutório de 11 afluentes (AS) que compõe sua bacia hidrográfica (240 km²). Em 2020 e 2022 houve floração de fitoplâncton. Amostras mensais de águas da Lagoa e dos AS, agrupados por usos do solo (agricultura, pastagem, floresta e drenagem urbana), foram coletadas entre 2021 e 2022 para determinação de: pH, condutividade elétrica (CE), concentração de sólidos totais (ST), dissolvidos (SD) e particulados (SP) por gravimetria, fósforo total (PT) e dissolvido (Pdiss) por espectroscopia (ICP-OES) e nitrogênio mineral total (NT) por destilação Kjedahl, para explicar a concentração de clorofila-a (Chl-a), por espectrofotometria, coletada em 7 pontos da lagoa. Foi percebida diferença (p<0,05) por Kruskal-Wallis dos AS que servem à drenagem em relação aos demais para CE, Pdiss, ST, SD e NT, e em relação à Lagoa, para CE e Pdiss. O PT ficou acima do padrão para águas doces classe 2 (CONAMA Nº 357/2005) para AS e Lagoa, sendo positivamente relacionado aos SP (R²=0,47). Os AS de pastagem e de floresta tiveram as menores concentrações de sólidos, PT e NT. A Análise de Componentes Principais e de Spearmann evidenciaram que o único parâmetro relacionado positivamente à Chl-a foi SP (ρ>0,72 e p<0,05), indicando cenário ambiental propício para o recrutamento de espécies adaptadas à turbidez (R²=0,5, p<0,05). O incremento de sedimentos e PT, característicos de atividades humanas, associado à morfometria da Lagoa, indicam a necessidade de monitoramento das águas, minimização dos aportes e preservação da vegetação nativa para a gestão da eutrofização.