CiteScore

0.4

Indexada na
SCOPUS

QUALIS

B3

2017-2021
quadriênio

Language

Revista Brasileira de Meio Ambiente

e-ISSN: 2595-4431


Resumen

O estudo teve como objetivo quantificar o estoque de carbono e biomassa em vegetação com diferentes estágios de regeneração e alterações antrópicas em área urbana. Para a obtenção dos resultados foi realizado o inventário florestal de seis áreas com diferentes características fitofisionômicas, grau de antropização e estágio de regeneração. Para a quantificação de estoque de carbono e biomassa foram utilizadas equações alóctones adaptadas para floresta estacional semidecidual. Das seis áreas, duas foram classificadas como estágio médio de regeneração, uma em estágio médio/inicial e três inicial. O estoque de biomassa abaixo do solo encontrado variou entre 28,66 t/ha e 0,12 t/ha e acima do solo entre 155,75 t/ha e 0,67 t/ha, dependendo do estágio de regeneração e grau de antropização. O estoque de carbono total variou entre 88,51 tC/ha e 0,38 tC/ha, conforme a fitofisionomia da área. A vegetação em estágio médio/inicial apresentou maior média de biomassa arbórea e carbono estocado em comparação aos demais estágios de regeneração. O fuste (troco) apresentou o maior estoque médio de carbono, seguida pelos galhos e raízes. Com os resultados foi possível concluir que as áreas que apresentaram vegetação com características mais próximas dos remanescentes florestais, apresentam maior capacidade de estoque de biomassa e carbono. As áreas em estágio médio/inicial absorvem maior quantidade de carbono e biomassa por hectares, e em estágio inicial, pouca capacidade. À medida que um remanescente florestal passa por um processo de antropização e de degradação, reduz sua função de sequestrar e estoque.

Citas

  • AMARO, M. A., SOARES, C. P. B., SOUZA, A. L., LEITE, H. G., SILVA, G. F. (2013). Estoque volumétrico, de biomassa e de carbono em uma floresta estacional semidecidual em Viçosa, Minas Gerais. Revista Árvore, v. 37, n. 5, p. 849-857, 2013.
  • ARAÚJO, Y. R. V., GÓIS, M. L., COELHO JUNIOR, L. M., CARVALHO, M. (2018). Carbon footprint associated with four disposal scenarios for urban pruning waste. Environmental Science and Pollution Research, v. 25, n. 2, p. 1863-1868.
  • AZEVEDO, A. D., FRANCELINE, M. R., CAMARA, R., PEREIRA, M. G., LELES, P. S. S. (2018). Estoque de carbono em área de restauração florestal de Mata Atlântica. Floresta, v. 48, n. 2, p. 183-194.
  • CARON, B. O., ELOY, E., SOUZA, V. Q., SCHMIDT, D., BALBINOT, R., BEHLING, A., MONTEIRO, G. C. (2015). Quantificação da biomassa florestal em plantios de curta rotação com diferentes espaçamentos. Comunicata Scientiae, 6 (1), p. 106-112.
  • CARVALHO, L. S., CARQUEIRA, R. M., SILVA, G. V. (2014). Estoque de carbono em um município de floresta estacional semidecídual no município de Ribeirão Grande, São Paulo. Bioikos, 28 (2), p. 73-85.
  • CHAVE, J., CONDIT, R., AGUILAR, S., HERMANDEZ, A., LAO, S., PEREZ, R. (2004). Error propagation and scaling for tropical florest biomass estimates. Philosophiscal Transactions of the Royal Society, v. 359, n. 1443, p. 409-420.
  • CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 391, de 25 de junho de 2007 que define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica no Estado da Paraíba. Brasília: DOU nº 121 de 26/06/2007. Disponível em: www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=536.
  • DANTAS, M. S., ALMEIDA, N. V. A., MEDEIROS, I. S., SILVA, M. D. (2017). Diagnóstico da vegetação remanescente de Mata Atlântica e ecossistemas associados em espaço urbano. Journal of Environmental Analysis and Progress, v. 02, n. 01, p. 87-97.
  • DINIZ, A. R., MACHADO, D. L., PEREIRA, M. G., BALIEIRO, F. C., MENEZES, C. E. G. (2015). Biomassa, estoque de carbono e de nutrientes em estádios sucessionais da Floresta Atlântica, RJ. Agrária-Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v. 10, n. 3, p. 443-451.
  • DRUMOND, M. A. (1996). Alterações fitossociológicas e edáficas decorrentes de modificações da cobertura vegetal na Mata Atlântica, região do Médio Rio Doce, MG. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil.
  • FIGUEIREDO, L. T. M. F., SOARES, C. P. B., SOUSA, H. A. L., LEITE, H. G., SILVA, G. F. (2015). Dinâmica do estoque de carbono em fuste de árvores de uma floresta estacional semidecidual. Cerne, v. 21, n. 1, p. 161-167.
  • FREITAS JUNIOR, J. A., SANQUETTA, C. R.; IWAKIRI, S., COSTA, M. R. M. M., KOEHLER, H. S. (2017). Estudo da aplicação de coberturas verdes no objeto de se construir edifícios neutros em carbono. Holos Environmet, 17, 1, p. 35-52.
  • GOLLEY, F. B. Ciclagem de minerais em um ecossistema de Floresta Tropical Úmida. São Paulo: EDUSP, 1978. 256p.
  • HENRY, M., BESNARD, A., ASANTE, W. A., ESHUN, J., ADU-BREDU, S., VALENTINI, R., BERNOUX, M. SAINT-ANDRÉ, L. (2010). Wood desnity, phytomass variations within and among trees, and allometric equations in a tropical rainflorest of Africa. Forest Ecology and Management, v. 260, n. 5, p. 1375-1388.
  • IPCC. (2019). Painel Intergovernamental para as mudanças climáticas. Global warming of 1.5 degree Celsius. Genebra. Disponível em: . Acesso em: 10/12/ 2019.
  • JOÃO PESSOA. (2012). Prefeitura Municipal de João Pessoa. Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Plano municipal de conservação e recuperação da Mata Atlântica. João Pessoa: F&A Gráfica e editora.
  • JOÃO PESSOA. (2018). Prefeitura Municipal de João Pessoa. Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa do Município de João Pessoa. João Pessoa: Editora e Gráfica Meta.
  • LOPES, R. B., MIOLA, D. T. B. (2010). Sequestro de carbono em diferentes fitofisionomias do Cerrado. SynThesis, v. 2, n. 2.
  • OLIVEIRA, M., RIL, F. L., PERETTI, C., CAPELLESSO, E. S., SAUSEN, T. L., BUDKE, J. C. (2016). Biomassa e estoque de carbono em diferentes sistemas florestais no sul do Brasil. Perspectiva, v. 40, n. 149, p. 09-20.
  • REFLORA. (2019). Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro.. Acesso em:<http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/ConsultaPublicaUC.do>. Acesso em: 10 de mar. 2019.
  • RIBEIRO, J. B, BORGO, M. & MARANHO, L. T. (2013). Áreas protegidas de Curitiba (PR, Brasil) como sumidouros de CO2. Floresta, v. 43, n. 2, p. 181-190.
  • SANQUETTA, C. R., CORTE, A. P. D., MOGNON F., MAAS, G. C. B., RODRIGUES, A. L. (2014). Estimativa de carbono individual para Araucaria angustifólia. Pesq. Agropec. Trop., v. 44, n. 1, p. 1-8.
  • SANTOS, F. G., CAMARGO, P. B. & OLIVEIRA JUNIOR, R. C. (2018). Estoque e dinâmica de biomassa arbórea em floresta Ombrófila Desna na Flona Tapajós: Amazônia Oriental. Ciência Florestal, v. 28, n. 3, p. 1049-1059.
  • SANTOS, L. R., SANTOS, E. A. & FERREIRA, E. J. L. (2013). Estimativa da capacidade de estoque de biomassa e carbono da vegetação arbórea de um fragmento do Parque Urbano Tucumã em Rio Branco, ACRE. Enciclopédia Biosfera, v. 9, n. 17.
  • SILVA, K. E., SOUZA, C. R., AZEVEDO, C., ROSSI, L. M. B. (2015). Dinâmica florestal, estoque de carbono e fitossociologia de uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. Scientia Forestalis, v. 43, n. 105, p. 193-201.
  • SOUZA, J. F., SILVA, R. M. & SILVA, A. M. (2016). Influência e ocupação do solo na temperatura da superfície: o estudo de caso de João Pessoa –PB. Ambiente Construído, v. 16, n.1, p. 21 -37.
  • SOUZA, C. R., AZEVEDO, C. P., ROSSI, L. M. B., SILVA, K. E., SANTOS, J., HIGUCHI, N.(2012). Dinâmica e estoque de carbono em floresta primária na região de Manaus/AM. Acta Amazônica, V. 42 (4), p. 501-506.
  • SOUZA, A. L., BOINA, A., SOARES, C. P B., VITAL, B. R., GASPAR, R. O., LANA, J. M. (2012). Estrutura fitossociológica, estoque de volume, biomassa, carbono e dióxido de carbono em floresta estacional semidecidual. Revista Árvore, v. 36, n. 1, p. 169-179.
  • SOUZA, R. C. de. (2019). Fluxos de gases de efeito estufa (GEE) em florestas urbanas de São Paulo, SP: uma análise da contribuição das áreas verdes na resiliência da cidade. 2019. Dissertação em Mestrado. Universidade Nove de Julho. São Paulo.
  • TORRES, C. M. M. E., JOCAVINE, L. A. G., SOARES, C. P. B., OLIVEIRA NETO, S. N., SANTOS, R. D.; CASTRO NETO, F. (2013). Quantificação de biomassa e estoque de carbono em uma floresta semidecidual, no Parque tecnológico de Viçosa, MG. Revista Árvore, v. 37, n. 4, p. 647-655.
  • VICENTE, A., ALMEIDA JR., E. D., SANTOS-FILHO, F. S., ZICKEL, C. S. (2014). Composição estrutural da vegetação lenhosa da Restinga de Cabedelo, Paraíba. Revista de Geografia, v. 13, n 1.

Paper information

History

  • Received: 13/12/2019
  • Published: 02/05/2020