CiteScore

0.4

Indexada na
SCOPUS

QUALIS

B3

2017-2021
quadriênio

Language

Brazilian Journal of Enviromnent

e-ISSN: 2595-4431


Abstract

As mudanças climáticas, desmatamento, a ocupação urbana desordenada, a falta de saneamento básico e políticas públicas de urbanização, o baixo nível socioeconômico, além do abastecimento hídrico deficiente e água parada, contribuem para a evolução das arboviroses. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil clínico-epidemiológico dos indivíduos acometidos por arboviroses no Distrito Sanitário III do Município do Recife/PE. Trata-se de estudo do tipo transversal, retrospectivo, com análise da tendência temporal. Os dados clínico-epidemiológicos foram obtidos através das fichas de notificação dos casos confirmados de arboviroses no período de 2017-2018. Totalizaram 191 notificações, sendo 101 casos confirmados na classificação final. Destes, 98 (51,3 %) são indivíduos do sexo feminino e 93 (48,6 %) do sexo masculino. A faixa etária mais acometida foi a de 21 a 31 anos 39 (20,0%). Observou-se o acometimento de indivíduos de bairros com um processo habitacional desordenado. Dentre os sinais e sintomas, destacaram-se a febre, com 151 (63,8%), seguido de mialgia com 131(58,6%). A caracterização do perfil epidemiológico das arboviroses e a correlação com os determinantes sociais e ambientais pode contribuir com a melhoria dos serviços de saúde considerando a criação de estratégias direcionadas ao combate ao vetor.

References

  • Adams, M.J.; Lefkowitz, E.J.; King, A.M.Q.; et al. (2017). Changes to taxonomy and the International Code of Virus Classification and Nomenclature ratified by the International Committee on Taxonomy of Viruses (2017). Arch Virol, 162(8), 2505-2538.
  • Braga, I. A.; Valle De. (2007). Aedes aegypti: histórico do controle no Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde [online], 16(2), 113-118.
  • Brasil. Ministério da Saúde. Monitoramento do Período Sazonal da Febre Amarela. Informe nº 12, 2017/2018. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/fevereiro/08/af_informe-febre-amarela_12_8fev18.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2018.
  • Brasil. Sistema de Informação de Agravos de Notificação/SINAM. Notificação Individual - 2018. Disponível em: <http://portalsinan.saude.gov.br/notificacoes>.
  • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 52, 2016. Bol Epidemiol. 2017; 48:1-11. [cited 2018 Jul 14]. Available from: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/06/2017-002-Monitoramento-dos-casos-dedengue--febre-de-chikungunya-e-febre-pelo-v--rus-Zika-ate-a-Semana-Epidemiologica-52--2016.pdf [ Links ]
  • Honorio, N. A.; et al. Chikungunya: uma arbovirose em estabelecimento e expansão no Brasil. (2015). Cad. Saúde Pública, 31(5), 906-908.
  • IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades: Recife [Internet]. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2019.
  • IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010: síntese das etapas da pesquisa. Rio de Janeiro, 2010.
  • _______Lei nº 15.547/91. Recife, 1992.
  • _______Lei nº 17.511/08. Recife, 2008.
  • Lima-Camara, T.N. Arboviroses emergentes e novos desafios para a saúde pública no Brasil (2016). Rev. de Saúde Pública, 50, 02-06.
  • Montenegro, D.; et al. Aspectos clínicos e epidemiológicos da epidemia de dengue no Recife, PE, em 2002. (2006). Revista Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 39 (1), 9-13.
  • Mourão, M.P.; Bastos, M.D.E.; Figueiredo, R.P. de; Gimaque, J.B.; Galusso, S.; Kramer, V.M.; et al. Febre de Mayaro na cidade de Manaus, Brasil, 2007-2008. (2012). Vector Borne Zoonotic Dis, 12, 42-46.
  • Oliveira, R.L.; Marques, A.D.; Barreto, F.S.; Silva, F.M.; Sousa, C.M. Saúde e desigualdade regional: A questão das arboviroses no nordeste brasileiro. (2017) II CONIDIS. II Congresso internacional da diversidade do semiárido, 2017.
  • Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Boletim Epidemiológico - Arboviroses: SE 44. 2018. Disponível em: https://docs.wixstatic.com/ugd/3293a8_df44399b33ae4eecae6dd1c16928778b.pdf.
  • Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Boletim Epidemiológico - Arboviroses: SE 44. 2018. Disponível em: https://docs.wixstatic.com/ugd/3293a8_df44399b33ae4eecae6dd1c16928778b.pdf. Acesso em: 18 nov. 2018.
  • Porto, W. L.; Terto, T. F.; Soares, L. C.; Aguiar, A. C. C.; Castro, V. M. A. de; Silva, B. A. K. da; Andrade, A. R. O. de; Nóbrega Neto, A. DE P. R.; Bezerra, A. S. P.; et al. Cenário epidemiológico das arboviroses no Piauí. (2019). Revista Eletrônica Acervo Saúde, 11 (14), e1054.
  • Recife. Governo Municipal. Secretaria de Saúde do Recife,/Secretaria Executiva de Coordenação Geral. Plano Municipal de Saúde 2018 - 2021 / Governo Municipal, Secretaria de Saúde do Recife, Recife. Secretaria Executiva de Coordenação Geral, Diretoria Executiva de Planejamento, Orçamento e Gestão da Informação. _ 1ª. Ed. - Secretaria de Saúde do Recife, 2018. xxx p.: - il.
  • Santos, D.R.X., et al. Fatores predisponentes ao surgimento das arboviroses emergentes no Brasil: Revisão integrativa da literatura. (2016). Revista Saúde, 1(10), 41-41.
  • Silva, T.C.C.; Santos, A.B.; Moussallem, T.M.; Koski, A.P.V.; Nader, P.R.A. Aspectos Epidemiológicos da Chikungunya no Estado do Espírito Santo, Brasil, 2014 a 2017. (2018). Revista Guará, 4, 21-30.
  • Silva, V.I.A.; Ramos, J.F. Arboviroses e políticas públicas no Brasil / Arboviruses and public policies in Brazil. (2017). Revista Ciências em Saúde, 7(3), 1-2.
  • Sitta, E.I.; et al. A contribuição de estudos transversais na área da linguagem com enfoque em afasia. (2010). Rev. CEFAC, 12(6), 1059-1066.
  • Sousa, C.A.; et al. Zikavírus: knowledge, perceptions, and care practices of infected pregnant women. (2018). Rev. Gaúcha Enferm, 39, e20180025.
  • Valle, D; et al. Zika, dengue e chikungunya: desafios e questões. (2016). Epidemiologia e Serviços de Saúde, 25, 419-422.
  • Valle, D.; et al. Dengue: Teorias e Práticas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.
  • Vasconcelos, F.C. Doença pelo vírus Zika: um novo problema emergente nas Américas? (2015). RevPan-AmazSaude, 6(2).
  • Villar, E. Los Determinantes Sociales de Salud y la lucha por la equidad en salud: desafíos para el estado y la sociedad civil. (2007). Saude soc, 16 (3), 7-13.
  • Zara, A.L.S.A.; et al. Estratégias de controle do Aedes aegypti: uma revisão. (2016). Epidemiol. Serv. Saúde, 25 (2), 391-404.

Paper information

History

  • Received: 23/06/2020
  • Published: 02/01/2021