Análise de Conforto Térmico urbano da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) – Campus Recife (Brasil)

Autores

  • Symone Maria Pancracio Falcão Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Ana Paula Xavier de Gondra Bezerra Universidade Federal de Pernambuco
  • Maria de Fátima Araújo Alves Universidade Federal Rural de Pernambuco.
  • Romildo Morant de Holanda Universidade Federal Rural de Pernambuco.
  • João Hugo Baracuy da Cunha Campos Universidade Estadual da Paraíba

Palavras-chave:

microclima urbano, planejamento ambiental, sensação térmica, bairro de Dois Irmãos.

Resumo

A expansão urbana desalinhada ao planejamento ambiental resulta em alterações sensíveisà qualidade de vida da população, geram microclimas específicos que podem ocasionar o desconforto térmico.Nesse sentido, objetivou-se nessa pesquisa estudar a dinâmica do sistema climático urbano do bairro de Dois de Irmãos a partir da análise do campo térmico e de suas relações com o uso e a ocupação do solo. A área de estudo compreende Campus Recife da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, localizado no bairro de Dois Irmãos na cidade do Recife/PE. A metodologia foi conduzida com base nas seguintes etapas; mapeamento do uso e ocupação; instalação de sensor tipo Hobo U-Series Data Logger; coleta de parâmetros de temperatura e umidade relativa do ar , e por fim realização o cálculo do nível de conforto térmico (IDT). Verificou-se que a variação do índice de desconforto térmico entre os pontos estudados foram de 0,36 °C e 0,31 °C nos períodos seco e chuvoso, respectivamente. E a comparação entre os valores médios das variáveis analisadas registrou uma redução de 0,59 °C na temperatura do ar e acréscimo de 2,84% na umidade relativa e, consequentemente, numa redução de 0,91 °C no Índice de Desconforto de Thom. Conclui-se que ambos os pontos apresentaram um desconforto térmico, ainda que apresentevasta quantidade de áreas verdes, ainda é deve-se implantar estratégias de amenização climática. Esse estudo subsidiar o plano diretor do Campus.

 

DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.3522477

Biografia do Autor

Symone Maria Pancracio Falcão, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduada em Engenharia Agrícola e Ambiental. Integrante do Grupo de pesquisa Centro de inovação tecnológica aplicada aos recursos naturais (CITAR).

Ana Paula Xavier de Gondra Bezerra, Universidade Federal de Pernambuco

Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA)

Maria de Fátima Araújo Alves, Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPEAMB).

Romildo Morant de Holanda, Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Doutor em Recursos Naturais. Professor em Universidade Federal Rural de Pernambuco.

João Hugo Baracuy da Cunha Campos, Universidade Estadual da Paraíba

Doutor em Recursos Naturais. Professor em Universidade Estadual da Paraíba

Referências

Alves, E. D. L.; Mendonça, F.; Danni-Oliveira, I. M. (2007). Climatologia noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficinas de Textos. 206 f.

ASHRAE -American Society of Heating and Air Conditioning Engineers.Physiological principles for comfort and health. (2001). In: Handbook Fundamentals. Atlanta, p. 8.1 – 8.2.

Bender, A. P.; Dziedzic, M. Dispersão de poluentes nos eixos estruturais em Curitiba (PR), Brasil. (2014). Engenharia Sanitária e Ambiental, Edição Especial, v. 19,p. 31-42.

Cândido, C., De Dear, R. J., Lamberts, R., & Bittencourt, L. (2010, January). Air movement acceptability limits and thermal comfort in Brazil's hot humid climate zone. Building and Environment, v. 45, n. 1, p. 222-229. DOI: 10.1016/j.buildenv.2009.06.005

Costa, A. D. L. (2007). O revestimento de superfícies horizontais e sua implicação microclimática em localidade de baixa latitude com clima quente e úmido. Tese de Doutorado, Unicamp, Campinas/SP. 225 f.

Giles, B.D.; Balafoutis, C.H. (1990).The Greek heatwaves of 1987 and 1988.International Journal of Climatology, v.10, n.1, p.505–517.

Gomes, H. B.; Cavalcante, L. B.; Silva Junior, R. S.; Santos, M. N. (2017). Surfacetemperatureand albedo in the Ilha Solteira Region, São Paulo. Mercator, Fortaleza, v. 16, e16018.

Houet, T.; Pigeon, G. (2011). Mapping Urban Climate zones and quantifying climate behaviors – An application on Toulouse urban area (France). Environment Pollution, v.26, n.159, p. 2180-2192.

ISO - International Organization for Standardization.(1998). ISO 7726: ergonomics: instruments for measuring physical quantities. V. 7726.Genève: ISO.

Katzschener. L.; Bosch.; Ulrike, Rottgen, M. (2002). Behaviour of people in open spaces in in dependency of thermal comfort conditions. International conference on passive and low energy architecture, France, 19.

Labaki, L.C., Santos, R.F.S., Bueno-Bartholomei, C.L., Abreu, L.V.A. (2013) Vegetação e conforto térmico em espaços urbanos abertos. Mudanças climáticas e o impacto das cidades: Forúm Patrimônio, Belo Horizonte, v. 4, n. 1, p. 23-42.

López, V.; Lucchese, J. R.; Andreasi, W. A. (2015). Avaliação do conforto térmico na região quente e úmida do Paraguai: uma comparação entre três metodologias. International Journal of Civil & Environmental Engineering , v. 15, n. 6, p. 26-31.

Lima Mendes, T. G., do Nascimento, P. T. B., de Melo Bezerra, J., dos Anjos, L. S., & Nóbrega, R. S. (2018). Avaliação de índices de conforto térmico ambiental nos bairros de Recife-Pernambuco (Brasil). Revista Brasileira de Meio Ambiente, v. 4, n. 1, p. 136-147.

Lucena, A. J.; Filho, O. C. R.; França, J. R. A.; Peres, L. F.; Xavier, L. N. R. (2013). Urban climate and clues of heat island events in the metropolitan area of Rio de Janeiro.Theoretical and applied climatology, 111(3-4), 497-511.

Monteiro, C.A.F. (1976). Teoria e Clima Urbano. São Paulo: IGEO/USP.

Mujan, I., Anđelković, A. S., Munćan, V., Kljajić, M., & Ružić, D. (2019, April). Influence of indoor environmental quality on human health and productivity-A review. Journal of cleaner production, v. 217, p. 646-657. DOI: 10.1016/j.jclepro.2019.01.307

Nascimento, J. G. D. (2018). Avaliação do índice de conforto térmico em pontos representativos da malha urbana da cidade de Bayeux (PB). Revista Brasileira de Agrotecnologia, v. 7, n. 3, p.53 – 62.

Nóbrega, R.S.; Lemos, T.V.S. (2011). O microclima e o (des)conforto térmico em ambientes abertos na cidade de Recife. Revista de Geografia (UFPE), Recife, v. 28, n. 1, 2011, p. 93-109.

Oke, T. R.; Mills, G.; Christen, A.; Voogt, J. A. (2017).Urban Climates. Cambridge: Cambridge University Press.

Oke, T.R. (1978). Boundary layer climate. London: Methuen. 464p.

Oke, T.R. (2004) .Initial guidance to obtain representative meteorological observations at urban sites. World Meteorological Organization, Geneva: . IOM Report ,TD. 51p.

Oke, T.R. (2004).Initial guidance to obtain representative meteorological observations at urban sites. World MeteorologicalOrganization, Geneva: IOM ReportTD.

Paiva, F. I. B.; Zanella, M. E. (2014) Microclimas urbanos na área central bairro da Messejana, Fortaleza/CE. Revista Equador (UFPI), v. 2, n. 2, p. 153-172.

PCR - Prefeitura do Recife. (2011). Perfil dos Bairros do Recife. Disponível em: <http://www2.recife.pe.gov.br/servico/perfil-dos-bairros>. Acesso em: 10 jan. 2017.

PCR - Prefeitura do Recife. (2012).Lista das Unidades de Conservação do Recife. Recife. Disponível em: <http://www2.recife.pe.gov.br/wp-content/uploads/Lista-das-Unidades-de-Conserva%C3%A7%C3%A3o-do-Recife.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2017.

Sant’anna Neto, J. L. (2011). O clima urbano como construção social: da vulnerabilidade polissêmica das cidades enfermas ao sofisma utópico das cidades saudáveis. Revista Brasileira de Climatologia, v. 8. DOI: 10.5380/abclima.v8i0.25794

Santos, J.S. (2011). Campo térmico urbano e a sua relação com o uso e cobertura do solo em uma cidade tropical úmida. Tese de Doutorado em Recursos Naturais, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande. Campina Grande/PB. 133 f.

Santos, P. F. C.; Moreira, A. B.; Almeida, C. A. P.; Nóbrega, R. S. (2017). Conforto térmico e diferentes tipos de tempo meteorológico na cidade do Recife (PE). ENTRE-LUGAR, 8(16), 12-31.

Santos, T. O.; Moura, G. B. A.; Silva, B. B.; Oliveira, L. M.; Machado, C. C.(2013). Influence of urbanization on land surface temperature in Recife City. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 33, n. 6, p. 1234-1244.

SEMAS - Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. (2014) .Plano de Manejo – Parque Estadual Dois Irmãos. Pernambuco. Disponivel em: <http://www.cprh.pe.gov.br/ARQUIVOS_ANEXO/1%20PLANO%20DE%20MANEJO%20com%20lei%2011%20622.pdf;10;20151015.pdf> . Acesso em: 10 jan. 2017.

Sharifi, E.; Sivam, A.; Boland, J. (2016) Resilience to heat in public space: a case study of Adelaide, South Australia, Journal of Environmental Planning and Management, 59:10, 1833-1854. DOI: 10.1080/09640568.2015.1091294.

Silva, J.F.; Ferreira, H.S.; Santos, M.O.(2016). Considerações sobre os estudos em clima urbano. Revista Geama, 1(2), 162-175.

Silva, V. D. P. R. D., Santos, J. S., Lima, E. R. V. D., Holanda, R. M. D., Sousa, E. P. D., & Araújo, L. E. D. (2018). Future scenarios of thermal bioclimatic conditions in a humid tropical city under urban development. Revista Ambiente & Água [online], v. 13, n. 15.

Thom, E.C. The Discomfort Index. Weatherwise, v.2, n.1, p.567-60, 1959.

Publicado

2019-10-30

Edição

Seção

Planejamento e Meio Ambiente