Periódico de Acesso Aberto
0.4
Indexada na
SCOPUS
B3
2017-2021
quadriênio
Tecnologias e Estudos Ambientais | v. 12 n. 2 (2024)
Mahysa Ferreira Costa Eddy José Francisco de Oliveira
Informações do autor
Informações do autor
Departamento de Ciências Biológicas, Genética
Publicado em junho 20, 2024
O presente estudo visou avaliar as alterações ocorridas na estrutura e diversidade da comunidade microbiana autóctone de sedimentos de manguezal da Floresta Atlântica, exposta a condição de estresse sob efeito do petróleo da bacia do Recôncavo, em experimento de bancada. Foi realizada à amplificação da região V4 do gene 16S rRNA utilizando a plataforma NGS Illumina, para avaliação do efeito do óleo frente aos grupos microbianos nos primeiros 30 dias após a perturbação. A partir dos resultados gerados, demonstrou-se um relevante peso nos estudos ecológicos mediante a criação de estratégias para recuperação de áreas estuarinas degradadas, principalmente porque a área do estudo em questão recebe influência do estuário da Baía de Camamu e sua localização geográfica chama a atenção sobre sua vulnerabilidade para a ocorrência de impactos provocados pelo derramamento de petróleo, além de ser uma Área de Proteção Ambiental (APA). Os resultados comparativos dos ambientes, autóctone e pós-perturbação, da comunidade microbiana, por meio da nova geração de sequenciamento massivo, demonstraram um aumento expressivo para o filo Proteobacteria, seguido do filo Chloroflexi, sendo tais grupos indicadores da presença de microrganismos que possuem função metabólica para biorremediação, além de demonstrar uma redução acentuada das células bacterianas ao final dos 30 dias em contato com o petróleo. Diante do que foi observado através desse estudo, a estrutura e a diversidade da comunidade microbiana autóctone do sedimento de manguezal da Floresta Atlântica foram afetadas negativamente e, quase que completamente, na presença do contaminante.