Open Access Journal
0.4
Indexada na
SCOPUS
B3
2017-2021
quadriênio
Planejamento e Meio Ambiente | Vol. 12 Núm. 2 (2024)
Lucas Teodoro Lopes Roberta Cornélio Ferreira Nocelli Patricia Andrea Monquero
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Published in junio 20, 2024
Este trabalho realizou uma revisão sistemática cobrindo todos os artigos que temos publicados em língua portuguesa e inglesa que avaliaram os efeitos dos herbicidas em abelhas nativas brasileiras. Assim, após a determinação dos critérios de elegibilidade e a realização de pesquisas nas plataformas "Google Acadêmico" e "SciELO Brasil", identificou-se um total de 23 artigos selecionados. Dentre os principais pontos observados, o foco no uso do glifosato como molécula dominante nas avaliações desta classe chamou a atenção pelos valores obtidos, de modo que, 18 (78,26%) dos 23 artigos eleitos utilizaram esta molécula, seja ele como único herbicida ou junto a outra. Outras moléculas foram utilizadas em apenas 21,74% dos artigos eleitos, o que representa aproximadamente 10,4% de todos os artigos levantados. Mesmo com uma fatia de mercado equivalente a 59,24% dentre os dez herbicidas mais comercializados, sua proporção em pesquisas acadêmicas sofreu um acréscimo de 32,11% em sua representatividade. Quando buscamos embasamento dessa desproporção nos riscos ambientais apresentados por cada molécula, constatamos que, de acordo com relatórios oficiais do IBAMA, o glifosato não seria mais danoso que os demais herbicidas, não justificando seu estudo mais intensivo, retirando este possível viés das discussões. Sobre os efeitos subletais observados, ao todo foram levantadas 11 diferentes categorias, indicando uma falta de padronização nos dados obtidos em comparativo aos herbicidas avaliados, gerando poucos dados a serem validados por diferentes trabalhos, o que gera brechas para afirmações em relação aos efeitos gerados por esses ingredientes ativos.