Resumen
O crescimento populacional e consequente expansão das áreas urbanas, têm causado impactos ambientais em Áreas de Preservação Permanente (APP’s). O objetivo da pesquisa consistiu em analisar, em caráter multitemporal (2000 a 2018), as alterações ocasionadas pelo avanço da urbanização na APP à margem esquerda do Rio Itacaiúnas, bairro Filadelfia, Marabá-PA, associadas ao crescimento populacional e a percepção ambiental da comunidade. O método utilizado foi o dedutivo, com abrangência quanti-qualitativa e natureza aplicativa. Os dados primários foram obtidos a partir da aplicação de 255 formulários semiestruturados para verificação da percepção ambiental dos indivíduos residentes no local de estudo e elaboração de mapas coropléticos temáticos. Quanto aos secundários, fez-se um levantamento de dados documentais com recorte temporal de 2009 a 2018. A análise dos dados obtidos demonstrou que, em 2000, a cobertura vegetal, na área pesquisada, correspondia a 0,81 km² (73,16%), e a população em Marabá, equivalia a 168.020 habitantes. Em 2005, houve perda de 0,30 km² na cobertura vegetal, e o crescimento populacional equivaleu a 16,15%. De 2010 a 2015, a área sem vegetação que correspondia a 0,67 km² (60,17%), foi reduzida para 0,39 Km² (35,58%), já em 2018, a cobertura vegetal foi reduzida para 0,22 km² (20,31%). Diante disto, observou-se problemáticas de ordem social, econômica e ambiental, pois, dos 255 indivíduos amostrados, 136 (53,3%) identificaram como melhoria mais necessária no bairro, a pavimentação asfáltica: saneamento (42 = 16,5%); coleta de lixo regular (13 = 5,1%) e arborização (7 = 2,7%). Logo, o avanço urbanístico provocou alterações na paisagem natural a partir da existência de unidades arquitetônicas no interior da APP, erodibilidade da margem, diminuição da biomassa vegetal à margem esquerda, motivado, principalmente, pelo crescimento populacional exacerbado do município e a deficiência na infraestrutura urbana nesse local, o que compromete a qualidade de vida dessa comunidade. O crescimento populacional e consequente expansão das áreas urbanas, têm causado impactos ambientais em Áreas de Preservação Permanente (APP’s). O objetivo da pesquisa consistiu em analisar, em caráter multitemporal (2000 a 2018), as alterações ocasionadas pelo avanço da urbanização na APP à margem esquerda do Rio Itacaiúnas, bairro Filadelfia, Marabá-PA, associadas ao crescimento populacional e a percepção ambiental da comunidade. O método utilizado foi o dedutivo, com abrangência quanti-qualitativa e natureza aplicativa. Os dados primários foram obtidos a partir da aplicação de 255 formulários semiestruturados para verificação da percepção ambiental dos indivíduos residentes no local de estudo e elaboração de mapas coropléticos temáticos. Quanto aos secundários, fez-se um levantamento de dados documentais com recorte temporal de 2009 a 2018. A análise dos dados obtidos demonstrou que, em 2000, a cobertura vegetal, na área pesquisada, correspondia a 0,81 km² (73,16%), e a população em Marabá, equivalia a 168.020 habitantes. Em 2005, houve perda de 0,30 km² na cobertura vegetal, e o crescimento populacional equivaleu a 16,15%. De 2010 a 2015, a área sem vegetação que correspondia a 0,67 km² (60,17%), foi reduzida para 0,39 Km² (35,58%), já em 2018, a cobertura vegetal foi reduzida para 0,22 km² (20,31%). Diante disto, observou-se problemáticas de ordem social, econômica e ambiental, pois, dos 255 indivíduos amostrados, 136 (53,3%) identificaram como melhoria mais necessária no bairro, a pavimentação asfáltica: saneamento (42 = 16,5%); coleta de lixo regular (13 = 5,1%) e arborização (7 = 2,7%). Logo, o avanço urbanístico provocou alterações na paisagem natural a partir da existência de unidades arquitetônicas no interior da APP, erodibilidade da margem, diminuição da biomassa vegetal à margem esquerda, motivado, principalmente, pelo crescimento populacional exacerbado do município e a deficiência na infraestrutura urbana nesse local, o que compromete a qualidade de vida dessa comunidade.
Citas
- BARBETTA, P. A. Estatística aplicada às Ciências Sociais. 5 ed. Santa Catarina: UFSC, 2002.
- BILAC, R. P. R.; ALVES, A. M. Crescimento urbano nas áreas de Preservação Permanente (APP’s): um estudo de caso do leito do rio Apodi/Mossoró na zona urbana de Pau dos Ferros-RN. Revista Geo Temas, v.4, n.2, p. 79-95, 2014.
- BORGES, L. A. C.; REZENDE, J. L. P.; PEREIRA, J. A. A.; COELHO JÚNIOR, L. M.; BARROS, D. A. Áreas de preservação permanente na legislação ambiental brasileira. Ciência Rural, v. 41, n. 7, p. 1202-1210, 2011.
- BRASIL. Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 17 fev. 1986. Seção 1, p. 2548. Disponível em: < https://www.ibama.gov.br/sophia/cnia/legislacao/MMA/RE0001-230186.PDF>. Acessado em dezembro/ 2018
- _______. Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Poder Executivo, Brasília, DF, 28 mai. 2012. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm> Acessado em dezembro/2018.
- CARVALHO, M. R. S.; SOUZA, M. V. M. A produção do espaço urbano em Marabá-PA e sua relação com as ocupações urbanas: o caso do bairro Nossa senhora Aparecida. Revista Caminhos de Geografia, v. 19, n. 66, p. 116-132, 2018.
- ECHER, E. A.; COSTA, W. P. S.; PEREIRA JÚNIOR, A. Impactos socioambientais provocados pela ausência de infraestrutura no Bairro Filadélfia. Marabá – Pará. 2016. Revista Brasileira de Gestão Ambiental, v. 11, n. 1, p. 184-192, 2017.
- ESPÍNOLA, A. L.; CRISPIM, M. C.; LIMA, G. F. C. Percepção e proposta de educação ambiental como instrumentos para a gestão ambiental no município de Taperoá. Gaia Scientia, v. 9, n. 1, p. 210-219, 2015.
- ESRI. Environmental Systems Research Institute. Inc. ArcGIS Professional GIS for the desktop. Versão 10.1. Software, 2012.
- FRAGA, I. J.; TERUYA, P. E. T. Os impactos ambientais urbanos no desenvolvimento da cidade de Lagarto. Revista Eletrônica da Faculdade José Augusto Vieira, n. 4, p. 225-241, 2013.
- IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2017. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/maraba/panorama>. Acessado em: 21 dezembro/2018.
- LACORTE, I. M.; ALMEIDA, M. R. R. Impactos ambientais em áreas de preservação permanente de centros urbanos: o caso da bacia do córrego liso em Uberlândia. Enciclopédia Biosfera, v. 11, n. 22, p. 1464- 1475, 2015.
- LOPES, A. M. A.; TASSIGNY, M. M.; TEIXEIRA, D. M. Redução das áreas de preservação permanente de recursos hídricos pelo novo código florestal e o princípio da proibição proteção deficiente. Revista da Faculdade de direito da UFG, v. 41, n. 1, p. 46-65, 2017.
- MATIAS-PEREIRA, J. Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. São Paulo: Atlas, 2016.
- MARTELLI, A.; SANTOS, A. R. Arborização Urbana do município de Itapira-SP: perspectivas para educação ambiental e sua influência no conforto térmico. Revista Eletrônica de Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, v. 19, n.2, p. 1018-1031, 2015.
- MUCELIN, C. A.; BELLINI, M. Lixo e impactos ambientais perceptíveis nos ecossistemas urbanos. Sociedade e Natureza, v. 20, n.1, p. 111-124, 2009.
- PEREIRA JÚNIOR, A.; OLIVEIRA, B. R. S.; PEREIRA, E. R. Divergências entre o plano diretor participativo e a expansão urbana desordenada: o caso do município de Marabá. Enciclopédia Biosfera, v. 11, n. 21, p. 2459-2466, 2015.
- PONTES, L. B.; CARDOSO, A. C. D. Open spaces: windows for ecological urbanism in the Easter Amazon. Brazilian Journal of Urban Management, v. 8, n.1, p. 96-112, 2016.
- RAYOL, J. A. (coord.) Perspectivas para o meio ambiente urbano: GEO Marabá. 2010. Disponível em: <http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/geo-maraba-perspectivas-para-o-meio-ambiente-urbano.pdf>. Acesso em: 21 março, 2017.
- RODRIGUES, M. L.; MAHEIROS, T. F.; FERNANDES, V.; DARÓS, T. D. A percepção ambiental como instrumento de apoio na gestão e na formulação de políticas públicas ambientais. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 21, n. 3, p. 96 – 110, 2012.
- SAKAMOTO, C. K.; SILVIERA, I. O. Como fazer projetos de Iniciação Científica. São Paulo: Paulus, 2014.
- SCÁRDUA, M. D.; ARCHANJO, K. M. P. A.; QUINTO, V. M.; CARMO, F. C. A.; LOUZADA, F. L. R. O.; SANTOS, A. R. Análise comparativa de áreas de preservação permanente de acordo com o código florestal (Lei 4771/65) e o substitutivo Projeto de Lei 1.876/99. Engenharia Ambiental, v.9, n.3, p. 280-297, 2012.
- SILVEIRA, D. Y.; CÓRDOVA, F. P. A pesquisa científica. In: GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS, 2009, p. 31 – 41.
- SOUZA, M. V. M. A produção do espaço urbano a partir do programa Minha Casa Minha Vida: inserção urbana e/ou desigualdades socioespaciais em Marabá-PA. Revista Cerrados v. 14, n. 2, p. 30-51,2016.
-
- VARGAS, M. A. R. Moradia e pertencimento: a defesa do Lugar de viver e morar por grupos sociais em processo de vulnerabilização. Cadernos Metrópole, v.18, n. 36, vol. 18, p. 28-39, 2016.
Paper information
History
- Received: 09/12/2018
- Published: 30/04/2019