CiteScore

0.4

Indexada na
SCOPUS

QUALIS

B3

2017-2021
quadriênio

Language

Brazilian Journal of Enviromnent

e-ISSN: 2595-4431


Abstract

O Brasil possui uma rica diversidade florística que favorece variabilidade de espécies, cores, formatos e texturas. Entretanto, essa diversidade não é valorizada durante a elaboração da paleta vegetal em projetos paisagísticos urbanos, sendo muitas vezes substituídas por essências exóticas. Considerando a atual demanda de estudos que deem ênfase ao emprego de plantas nativas em projetos de paisagem, bem como a atual situação de degradação do bioma Mata Atlântica, objetivou-se realizar uma compilação bibliográfica para indicação de espécies nativas arbóreo-arbustivas da Mata Atlântica pernambucana, com potencial de inclusão em projetos paisagísticos. No total, foram selecionadas 29 espécies, pertencentes a 21 famílias botânicas. Para a seleção dessas espécies levou-se em consideração os seguintes aspectos necessários para um projeto de paisagem: (i) grupos ecológicos; (ii) velocidade de crescimento; (iii) potencial redutor de calor; (iv) síndrome de dispersão e (v) época de floração. É vital que mais estudos sobre o entendimento de plantas nativas sejam realizados, facilitando sua aplicação prática e ampliando sua popularidade. O emprego da vegetação nativa em projetos paisagísticos irá contribuir para a salvaguarda das espécies evitando, por exemplo, sua extinção local.

References

  • Amorim, L. D. M. et al. (2016). Fabaceae na Floresta Nacional (FLORA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia, Rio de Janeiro, 67(1), 105-124. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201667108.
  • Bañeras, J.C. (1999). Tendências no paisagismo. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, Campinas, 5(2), 93-96.
  • Barra, E. (2018) Abaixo a fitoxenofobia! A intolerância atinge o reino vegetal. Vitruvius. Disponível em: <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/18.212/6861>. Acesso em: 16 fev. 2023.
  • Barroso, C. M. et al. (2007). Considerações sobre a propagação e o uso ornamental de plantas raras ou ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, 13(2), 91-94.
  • BRASIL. CNPq. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Chamada CNPq/MCTI Nº 23/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento em Sustentabilidade Urbana e Regional. Disponível em: <http://www.cnpq.br/web/guest/chamadas-publicas?p_p_id=resultadosportlet_WAR_resultadoscnpqportlet_INSTANCE_0ZaM&filtro=abertas&detalha=chamadaDivulgada&idDivulgacao=9742>. Acesso em: 22 out. 2020.
  • Brina, A. E. (1998). Aspectos da dinâmica da vegetação associada a afloramentos calcários na APA Carste de Lagoa Santa, MG. (105 f). Dissertação de Mestrado, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
  • Carneiro, P. H. M.; Rodrigues, R. R. (2007). Management of monospecific commercial reforestations for the forest restoration of native species with high diversity. In: RODRIGUES, R. R. et al. High Diversity Forest Restoration in Degraded Areas: Methods and Projects in Brazil. New York: Nova Science Publishers, 3.1, 129-144.
  • Carvalho, P. E. R. (2003). Espécies Arbóreas Brasileiras / Paulo Ernani Ramalho Carvalho. Brasília, EMBRAPA Informação Tecnológica, Colombro, PR: EMBRAPA Florestas, 1, 1.039. il.; (Coleção de Espécies Arbóreas Brasileiras).
  • Carvalho, P. E. R. (2006). Espécies Arbóreas Brasileiras / Paulo Ernani Ramalho Carvalho. Brasília, DF, EMBRAPA Informação Tecnológica, Colombo, PR: EMBRAPA Florestas, 2, 627. il. color; (Coleção de Espécies Arbóreas Brasileiras).
  • Carvalho, P. E. R. (2008). Espécies Arbóreas Brasileiras / Paulo Ernani Ramalho Carvalho. Brasília, DF, EMBRAPA Informação Tecnológica, Colombo, PR: EMBRAPA Florestas, 3, 593. il. color.; (Coleção de Espécies Arbóreas Brasileiras).
  • Carvalho, P. E. R. (2010). Espécies Arbóreas Brasileiras / Paulo Ernani Ramalho Carvalho. Brasília, DF, EMBRAPA Informação Tecnológica, Colombo, PR: EMBRAPA Florestas, 4, 644. il. color.; (Coleção de Espécies Arbóreas Brasileiras).
  • Carvalho, P. E. R. (2014). Espécies Arbóreas Brasileiras / Paulo Ernani Ramalho Carvalho. Brasília, DF, EMBRAPA, 5, 634. il. color; 21,0cm x 29,7cm. (Coleção de Espécies Arbóreas Brasileiras).
  • Coelho, F. V.; Brack, P. (2019). Contribuições para o conhecimento de reófitas arbóreas e arbustivas no Rio Grande do Sul, Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/234326/001110701.pdf?sequence=1>. Acesso em: 14 mar. 2023.
  • Costa, I.R.D.; Araújo, F.S.D.; Lima-Verde, L.W. (2004). Flora e aspectos auto-ecológicos de um encrave de cerrado na chapada do Araripe, Nordeste do Brasil. Acta Botanica Brasilica, 18(4), 759-770.
  • Dalmas, F. R. (2008). Implementação do viveiro de plantas nativas - VIPLAN -. Revista da Graduação, [s.l.], 1(1).
  • EMBRAPA. [s. d.] Árvores na Agricultura. Disponível em: <https://www.embrapa.br/documents/1355054/26025431/SITE+ARVORES_FICHA_11_Brosimum+guianensis.pdf/d1e505b5-f775-85f0-711b-7750ea254030>. Acesso em: 14 mar. 2023.
  • EMBRAPA. [s. d.] Árvores na Agricultura. Disponível em: <https://www.embrapa.br/documents/1355054/26025431/SITE+ARVORES_FICHA_24_Cupania+racemosa.pdf/b609751f-7a81-10ba-4444-2de030c7f617>. Acesso em: 14 mar. 2023.
  • EMBRAPA. [s. d.] Árvores na Agricultura. Disponível em: <https://www.embrapa.br/documents/1355054/26025431/SITE+ARVORES_FICHA_55_Miconia+prasina.pdf/8ed9061c-160f-5a01-4da5-e621b6c348b6>. Acesso em: 14 mar. 2023.
  • Farias, A. R. et al. (2017). Identificação, mapeamento e quantificação das áreas urbanas do Brasil. Embrapa Gestão Territorial, Campinas, São Paulo.
  • FLORA E FUNGA DO BRASIL (REFLORA). (2023). Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em : 12 ago. 2023.
  • Freire, J. M.; Ataíde, D. H. dos S.; Rouws, J. R. C. (2016). Superação de Dormência de Sementes de Albizia pediceççaris (DC.) L. Rico. Floresta e Ambiente, 23(2), 251-257. DOI: https://dx.doi.org/10.1590/2179-8087.104514.
  • Gandolfi, S.; Leitão Filho, H. F.; Bezerra, C. L. F. (1995). Levantamento florístico e caráter sucessional das espécies arbustivo-arbóreas de uma floresta semidecídua no município de Guarulhos, SP. Revista Brasileira de Biologia, 55(4), 753-767.
  • Heiden, G.; Barbieri, R.; Tempelstumpf, E. R. (2006). Considerações sobre o uso de plantas ornamentais nativas. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, 12(1), 2-7.
  • Irgang, B. (1985). Aspectos Botânicos e Espécies Utilizadas na Arborização Urbana. Anais do Encontro Nacional Sobre Arborização, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Porto Alegre, Brasil, 57-61, 1.
  • Lindenmaier, D. S.; Santos, N. O. (2008). Arborização urbana das praças de Cachoeira do Sul, RS, Brasil: fitogeografia, diversidade e índice de áreas verdes. Pesquisas, Botânica, São Leopoldo, 1(59), 307-320.
  • Lorenzi, H. (1998a). Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil (2a. ed.). Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, v. 1.
  • Lorenzi, H. (1998b). Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil (2a. ed.). Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, v. 2.
  • Lorenzi, H. (2009). Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil (2a. ed.). Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, v. 3.
  • Marinho, L. C.; Amorim, A. M.; Queiroz, L. P. de. (2016). Flora da Bahia: Hypericaceae. SITIENTIBUS série Ciências Biológicas, 16. DOI: https://doi.org/10.13102/scb1051.
  • Martins, S. V.; Rodrigues, R. R. (2002). Gap-phase regeneration in a semideciduous mesophytic forest, south-eastern Brazil. Plant Ecology, [s. l.], 163, 51-62.
  • Marx, R. B.; Tabacow, J. Jardim e Ecologia. In: Tabacow, J. (org.). (2014) [1967]. Roberto Burle Marx: Arte & Paisagem, Studio Nobel, São Paulo, 85-96.
  • Marx, R. B.; Tabacow, J. (2004). Arte & Paisagem: conferências escolhidas (2a ed.). São Paulo: Studio Nobel.
  • Matajs, Leila et al. (2013). Potencial das espécies nativas na produção de plantas ornamentais e paisagismo agroecológico. Revista Brasileira de Agroecologia, São Paulo, 3(8), 1-11.
  • Mendes, C. V. (1995). Árvores e arvoretas nativas das restingas do Rio de Janeiro: potenciais paisagísticos e possibilidades de uso. Dissertação de Mestrado em Ciências Biológicas, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  • Moreira, E. B. M.; Galvíncio, J. D. G. (2007). Espacialização das temperaturas à superfície na cidade do recife, utilizando imagens TM – LANNDSAT 7. Revista de Geografia, Recife, 24(3), 101-115.
  • MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. (2015). Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/desenvolvimento-sustentavel-e-meio-ambiente/134-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-ods>. Acesso em: 02 nov. 2020.
  • Monteith, J. L.; Unsworth, M. H. (1990). Principles of environmental physics (2a ed.). New York: Arnold.
  • Niemeyer, C. A. C. (2019). Paisagismo no Planejamento Arquitetônico / Carlos Augusto da Costa Niemeyer (3a ed.). Uberlândia: EDUFU, 126. il. DOI: http://doi.org/10.14393/EDUFU-978-85-7078-468-1.
  • Peres, M. K. (2016). Estratégias de dispersão de sementes no Bioma Cerrado: considerações ecológicas e filogenéticas. 353 f. Tese de Doutorado, Curso de pós-graduação em Botânica, Universidade de Brasília, Brasília.
  • Reis, R. C. C. (2000). Palmeiras das Restingas do Estado do Rio de Janeiro: levantamento florístico e avaliação do potencial ornamental. Dissertação de Mestrado em Ciências Biológicas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  • SANTIAGO, R. A.C.; CORADIN, L (eds.). (2018). Biodiversidade brasileira: sabores e aromas. Brasília: MMA. (Série Biodiversidade, 52). Disponível em: <http://redesans.com.br/rede/wp-content/uploads/2019/08/Livro-de-Receitas-03-07-2019.pdf>. Acesso em: 19 set. 2019.
  • Sartorelli, P. A. R.; Filho, E. M. C. (2017). Guia de plantas da regeneração natural do Cerrado e da Mata Atlântica. Agroicone, São Paulo. Disponível em: <https://www.inputbrasil.org/wp-content/uploads/2017/05/INPUT_Agroicone_Guia-de-Plantas-da-Regeneracao-Natural-do-Cerrado-e-da-Mata-Atlantica.pdf>. Acesso em: 16 fev. 2023.
  • Silva, J. M.; Meneses, A. R. S. de; Mota, M. C. (2021). Entender a natureza para projetar: a Paleta Vegetal do Projeto Paisagístico do Parque Capibaribe. Revista Brasileira de Geografia Física, 14(1), 281-295.
  • Silva, J. M.; Moura, C. H. R. (2020). Análise da Vegetação de um Remanescente de Floresta Atlântica: subsídios para o projeto paisagístico. Revista Brasileira de Meio Ambiente, 9(1), 002-024. DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.4459754.
  • SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA (SiBBr). (2022). Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial: Plantas para o Futuro - Região Norte. Brasília: MMA, 1454. ISBN 978-65-88265-16-76. Disponível em: <https://ala-bie.sibbr.gov.br/ala-bie/species/308832#:~:text=As%20plantas%20apresentam%20crescimento%20r%C3%A1pido,al%C3%A9m%20de%20tolerar%20secas%20peri%C3%B3dicas>. Acesso em: 14 mar. 2023.
  • Siqueira, M. de M. et al. (2021). Paisagismo e Cerrado: Jardins para Celebrar Savanas e Campos Brasileiros. Paisag. Ambiente: Ensaios, São Paulo, 32(48), e158266. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/paam/article/view/158266/176337>. Acesso em: 06 mar. 2023.
  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE ARBORIZAÇÃO URBANA. (2017). Manual técnico de arborização urbana de salvador com espécies nativas da Mata Atlântica (1a ed.). Salvador: [s.n], 17-19. Disponível em: <https://issuu.com/blogdoriovermelhoavozdobairro/docs/manual-de-arboriza_c3_a7_c3_a3o-nov>. Acesso em: 08 nov. 2020.
  • UFPE/INCITI. (2000). Plano Urbanístico de Recuperação Ambiental do Rio Capibaribe. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife.
  • UNITED NATIONS. (2019). Department of Economic and Social Affairs / Population Division. World Urbanization Prospects: the 2018 Revision. New York. Disponível em: <https://population.un.org/wup/Publications/Files/WUP2018-Report.pdf>. Acesso em: 17 out. 2020.
  • Van Der Pijl, L. (1972). Principles of dispersal in higher plants. Berlim: Springer, 162.
  • Versieux, M. L.; De Morais, A. K.; Macedo, B. R. M. (2015). O potencial das espécies da Caatinga para uso no planejamento e projeto paisagístico. In: Batista, M. N.; Schlee, M. B.; Barra, E.; Tângari, V. R. (orgs). A vegetação nativa no planejamento e no projeto paisagístico, RioBooks, Rio de Janeiro, 1, 193.
  • Zamith, L. R. (2015). Produção e utilização de espécies nativas de restinga no paisagismo de áreas litorâneas. In: Batista, M. N.; Schlee, M. B.; Barra, E.; Tângari, V. R. (orgs). A vegetação nativa no planejamento e no projeto paisagístico. RioBooks, Rio de Janeiro, 1, 235-246.

Paper information

History

  • Received: 31/12/2023
  • Published: 20/06/2024