Resumo
Os estudos atuais sobre política ambiental no contexto do mercado imobiliário tratam na maioria da regulação dos espaços sócio-ambientais no urbano. Observa-se a dinâmica do mercado imobiliário como mecanismo excludente nos espaços urbanos provocando degradação ambiental. A apropriação imobiliária nos espaços ambientais representa desafios entre a modernidade urbanística e a necessidade de preservação do ambiente natural. Os símbolos ambientais utilizados pelo mercado imobiliário apontam o ambiente natural no processo de mercantilização, geram ofertas através do uso dos selos ecológicos e consolidam a mercadoria natureza no comércio capitalista dos símbolos ambientais. Deste modo, o objeto de pesquisa é a Região Metropolitana do Recife (RMR), Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, cidades onde a natureza transformada em símbolos ambientais pelo mercado empreendedor tornou-se cada vez mais visível. A análise parte da bibliografia temática, documentos e levantamento empírico nos espaços litorâneos destas cidades representantes da natureza expropriada pelo mercado imobiliário. Os resultados apontam a natureza sendo explorada de forma contínua como mercadoria nos discursos oficiais das oligarquias empreendedoras do setor imobiliário turístico.
Referências
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Informações do artigo
Histórico
- Recebido: 02/09/2018
- Publicado: 05/09/2018