Periódico de Acesso Aberto
0.4
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SCOPUS
B3
2017-2021
quadriênio
Planejamento e Meio Ambiente | v. 8 n. 2 (2020)
Gabriéla Ramalho Sousa Thales de Almeida Cruz Marielce de Cássia Ribeiro Tosta
Informações do autor
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Publicado em maio 02, 2020
A ausência de dados estatísticos para monitoramento da produção pesqueira industrial no Brasil dificulta o processo de análise dos pescados para garantir a sustentabilidade destes. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi realizar uma análise sobre a pesca industrial no município de Itajaí, Santa Catarina, por meio do levantamento da produção pesqueira na região a partir dos anos 2000, com base nos Boletins Estatísticos da Pesca do estado catarinense. O estado brasileiro situado ao sul do país, destacou-se no cenário nacional como um dos maiores produtores de pescado por possuir um complexo industrial pesqueiro de grandes dimensões e uma numerosa e diversificada frota de embarcações. Os dados obtidos dos boletins foram armazenados em um banco de dados do software Microsoft Office Excel, de forma a auxiliar as análises dos autores e, consequentemente, na obtenção dos resultados. Desse modo, verificou-se crescimento de 90% na produção de pescado pelas frotas industriais no intervalo monitorado, no entanto, as quantidades desembarcadas apontaram oscilações ao longo do tempo, das quais para os períodos de declínios a literatura disponível apontou sobrepesca para várias espécies de cações, e redução na abundância populacional do pescado camarão sete-barbas. No que tange aos períodos de crescimento, a literatura indicou a importância da sustentabilidade para pesca de espécies com destaque comercial, como a sardinha-verdadeira. Assim, sem a continuidade de estudos semelhantes aos dos Boletins, a margem para pôr em risco a sustentabilidade da pesca no país é facilitada, podendo ocasionar o desaparecimento e/ou extinção de espécies marítimas, ou seja, a sobrepesca.