Depósitos minerais e previsão de Impactos Ambientais: Os modelos genéticos Perau e Panelas no estado do Paraná (Brasil)

Fábio Maciel Pinto

Resumo


O impacto ambiental negativo é a alteração das propriedades físicas, químicas e/ou biológicas do ambiente causada por ação antrópica direta ou indireta. A identificação e estimativa da probabilidade de ocorrência de um impacto pressupõe a elaboração de diagnósticos das áreas afetadas. Os diagnósticos propiciam a previsão e a avaliação dos impactos, os quais refletem o potencial de degradação de uma atividade antrópica. No caso de atividades de mineração, o potencial varia de acordo com a extensão e localização da mina, produção bruta e beneficiada, métodos e equipamentos de lavra e beneficiamento. Contudo, talvez o principal fator seja a constituição mineralógica do minério, rochas encaixantes, ganga, estéreis e rejeitos, os quais refletem a constituição do depósito. Visando estudar os impactos que podem ser oriundos da explotação de depósitos minerais, foram analisados aqueles dos tipos Perau e Panelas, pertencentes aos modelos SEDEX e MVT, hospedados nas Formações Perau e Votuverava dos Grupos Setuva e Açungui. Esses depósitos são mineralizados em Pb, Zn, Ba, Cu, Ag, Au, conjuntamente foi analisado o beneficiamento da Mina de Panelas. O estudo indicou que as atividades provocaram impactos sobre o ambiente e a sociedade, inclusive sobre a saúde humana. Ainda que o estudo não esgote os prováveis impactos, foi possível elaborar rotina que pode servir como base para métodos de avaliação de impactos centrados em aspectos geológicos de depósitos minerais e de empreendimentos de mineração.


DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.3612302


Palavras-chave


Avaliação de Impactos, Perau, Panelas, SEDEX, MVT.

Texto completo:

PDF (Português)

Referências


Barbour, A.P.; Oliveira, M.A.F. (1979). Pb, Zn, Cu e Ba do Distrito do Perau – Modelo Sedimentar para Sulfetos do Vale do Ribeira. Boletim IG-USP – Série científica, 10, p.97-120.

Biondi, J.C. (2003). Processos Metalogenéticos e os Principais Depósitos Minerais Brasileiros. São Paulo: Oficina de Textos, 528p.

Cassiano, A.M. (2001). Estudo da contaminação por metais na bacia do rio Ribeira de Iguape (SP-PR): Estratégias para a remediação da área de disposição de rejeitos da mina do Rocha. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Carlos, 159p., Brasil.

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. (1986). Avaliação dos níveis de contaminação por metais pesados e pesticidas organoclorados na água, ictiofauna e outros organismos aquáticos do complexo Estuarino-Lagunar de Iguape-Cananéia. Relatório Final, 68p.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 357, de 17 de março de 2005. Disponível em: . Acessado em 19 fev. 2013. 2005.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 396, de 3 de abril de 2008. Disponível em: . Acessado em 19 fev. 2013. 2008.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 420, de 28 de dezembro de 2009. Disponível em: . Acessado em 19 fev. 2013. 2009.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 430, de 13 de maio de 2011. Disponível em: . Acessado em 19 fev. 2013. 2011.

Cunha, F.G. (2003). Contaminação Humana e Ambiental por Chumbo no Vale do Ribeira, nos Estados de São Paulo e Paraná, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de Campinas, Campinas, 125p., Brasil.

Daitx, E.C. (1996). Origem e Evolução dos Depósitos Sulfetados Tipo – Perau (Pb-Zn-Ag), com base nas jazidas Canoas e Perau (Vale do Ribeira, PR). Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 420p., Brasil.

Dardenne, M.A.; Schobbenhaus, C. (2001). Metalogênese do Brasil. Brasília: CPRM, 392p.

Fiori, A.P. (1992). Tectônica e Estratigrafia do Grupo Açungui – PR. Boletim IG-USP – Série científica, 23, p.55-74.

Fiori, A.P.; Gaspar, L.A. (1993). Considerações sobre a estratigrafia do Grupo Açungui (Proterozóico Superior), Paraná, sul do Brasil. Boletim IG-USP - Série científica, 24, p.1-19.

Franchi, J.G. (2004). A utilização de turfa como adsorvente de metais pesados. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, 198p., Brasil.

Fritzsons-Junior, O.; Piekarz, G.F.; Falcade, D. (1982). Geologia e potencial econômico do Grupo Setuva - PR. Anais do Congresso Brasileiro de Geologia, Salvador, BA, Brasil, 32(3): 987-1001.

Goodfellow, W.D.; Lydon, J.W. (2007). Sedimentary-Exhalative (SEDEX) Deposits. In: Goodfellow, W.D. Mineral Deposits of Canada: a Synthesis of Major Deposit-Types, District Metallogeny, The Evolution of Geological Provinces, and Exploration Methods. Geological Association of Canada: p.163-183.

Guimarães, V. (2007). Resíduos de Mineração e Metalurgia: Efeitos Poluidores em Sedimentos e em Espécie Biomonitora Rio Ribeira de Iguape – SP. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, 161p., Brasil.

Licht, O.A.B. (1986). Prospecção Geoquímica. Curitiba: MINEROPAR, 170p.

Lopes-Junior, I.; Figueiredo, B.R.; Enzweller, J.; Vendemiatto, M.A. (2006). Chumbo e Arsênio nos Sedimentos do Rio Ribeira do Iguape, SP/PR. In: Silva, C.R.P.; Figueiredo, B.R.; Capitani, E.M.; Cunha, F.G. Geologia Médica no Brasil. CPRM: 220p.

Macedo, A.B. (1993). Poluição por mineração na bacia do Ribeirão Grande, Vale do Ribeira, PR. Boletim de Resumos do Simpósio Sul Brasileiro de Geologia, Curitiba, PR, Brasil, 5, p.70-71.

Maciel-Pinto, F. (2014). Depósitos Minerais, Previsão e Avaliação de Impactos Ambientais a Mineração: O Caso dos Modelos Perau e Panelas no Estado do Paraná. Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização, Universidade Federal do Pará, Belém, 68p., Brasil.

Maniesi, V. (1997) Petrologia das rochas anfibolíticas das regiões de Adrianópolis, Campo Largo e Rio Branco do Sul/PR. Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 215p., Brasil.

MME – Ministério de Minas e Energia. (1980). Projeto Usinas de Beneficiamento. Estudo de Minérios Sulfetados de Chumbo e Zinco. Relatório Final. Brasília, 75p.

Moraes, R.P. (1997). Transporte de Chumbo e Metais Associados no Rio Ribeira de Iguape, São Paulo, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 105p., Brasil.

Odan, Y.; Fleischer, R.; Espourteille, F. (1978). Geologia da Mina de Chumbo de Panelas – Adrianópolis – PR. Anais do Congresso Brasileiro de Geologia, Recife, PE, Brasil, 30(4): 1545-1552.

Paradis, S.; Hannigan, P.; Dewing, K. Mississippi Valley-Type Lead-Zinc Deposits. In: Goodfellow, W.D. Mineral Deposits of Canada: a Synthesis of Major Deposit-Types, District Metallogeny, The Evolution of Geological Provinces, and Exploration Methods. Geological Association of Canada: p.185-203.

Piekarz, G.F. (1984). Geologia e Resultados Preliminares da Pesquisa Mineral no Núcleo Betara da Formação Perau (PR). Anais do Congresso Brasileiro de Geologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 33(8): p.3682-3696.

Silva, R.B.; Maeyama, O.; Perosa, P.T.Y.; Almeida, E.B.; Saragiotto, J.A.R. (1982). Considerações Sobre as Mineralizações de Chumbo, Zinco e Prata do Grupo Açungui no Estado de São Paulo. Anais do Congresso Brasileiro de Geologia, Salvador, BA, Brasil, 32(3): p.972-986.

Tessler, M.G.; Suguio, K.; Rabiolotta, P.R. (1987). Teores de alguns elementos traços metálicos em sedimentos pelíticos da superfície de fundo da região lagunar de Cananéia-Iguape. Anais do Simpósio Sobre Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Brasileira: Síntese dos Conhecimentos. Cananeia, SP, Brasil, 2, p.255-263.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2020 Fábio Maciel Pinto

Revista Brasileira de Meio Ambiente (Rev. Bras. Meio Ambiente) | ISSN: 2595-4431

CC-BY 4.0 Revista sob Licença Creative Commons
Language/Idioma
02bandeira-eua01bandeira-ingla
03bandeira-spn