Periódico de Acesso Aberto
0.4
Indexada na
SCOPUS
B3
2017-2021
quadriênio
Planejamento e Meio Ambiente | v. 12 n. 2 (2024)
Rutt Keles Alexandre da Silva Jadson Freire da Silva
Informações do autor
Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal do Ceará. Mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFPE) e Licenciada em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE. Integrante do Leboratório de Estudos sobre Espaço, Cultura e Política - LECgeo/UFPE.
Informações do autor
Publicado em agosto 31, 2024
Versamos sobre as potencialidades do artesanato, compreendo-o além de seu status de objeto funcional, decorativo ou folclórico. Concebemos o artesanato enquanto produto representativo da cultura pernambucana, e para isso evidenciar, definimos um recorte a partir da bacia hidrográfica do Rio Capibaribe, com o objetivo de apresentar um panorama de sua produção artesanal; sintetizar as referidas informações num mapa; e, evidenciar fatores que condicionam sua sustentabilidade. Isto para demonstrar a existência do que chamaremos aqui de sítios artesanais que juntos conformam o “Capibaribe Artesanal”. A escolha do recorte se deu em função da repetição de aspectos como territórios de referência neste quesito: a “Terra do Barro” – Tracunhaém; a “Terra do Bordado Manual” – Passira; a “Capital Estadual do Mamulengo” – Glória do Goitá; etc. Ou seja, a atividade artesanal, foi capaz de compor geossímbolos – simplificadamente entendidos como representativos territoriais. Estes representativos participam ativamente de economias municipais, vivenciam uma atual fase de revalorização simbólica devido a procura por itens não padronizados, e são instrumento de empoderamento. Pois, é comum que em áreas distantes das metrópoles, suburbanas, ou de convivência com climas rígidos como o semiárido – que abrange parte da bacia, se utilize o artesanato como alternativa de sobrevivência. Esta análise qualitativa com pesquisa em gabinete e campos exploratórios realizados, identificou aspectos que influenciam a sustentabilidade dessas práticas, tais quais: produtores artesanais/mestres artesãos; repasse de saberes; feiras temáticas; estímulos governamentais; e, paisagens culturais.