Controle de Colletotrichum spp. em maracujazeiro amarelo com elicitores de resistência

Severino de Carvalho Neto, Jakeline Florêncio da Silva, Mirelly Coêlho de Souza, Hilderlande Florêncio da Silva, Edcarlos Camilo da Silva, Luciana Cordeiro do Nascimento

Resumo


DOI

O maracujazeiro (Passiflora edulis Sims) pertence à familia Passifloraceae, e possui grande importância socieconômica no Brasil, por sua elevada produção e consumo. A cultura é infectada por vários patógenos, dentre eles destaca-se Colletotrichum spp., agente causal da  antracnose. A busca por práticas sustentáveis faz-se necessária, a fim de minimizar os efeitos delétérios provocados pelos agrotóxicos ao meio ambiente e ao homem. O uso de elicitores de resistência que ativam as defesas das plantas tem se mostrado uma alternativa promissora. Assim, objetivou-se determinar o efeito dos elicitores de resistência no controle de Colletotrichum spp. in vitro e em frutos de maracujazeiro amarelo. O experimento foi realizado no Laboratório de Fitopatologia, do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba. O teste in vitro foi realizado em placas de Petri com 20 mL de meio batata-dextrose-ágar (BDA) acrescidos com AgroMos® (3,0 mL/L), Agrosilício® Plus (3,0 g/L), Bion® (0,4 g/L), Ctrl: testemunha (água destilada), e o fungicida Tiabendazol® (1,0 mL/L). Foram avaliados crescimento micelial, porcentagem de inibição do crescimento micelial e porcentagem de inibição de esporulação. O teste in vivo ocorreu com a imersão dos frutos nos tratamentos e em seguida a inoculação de Colletotrichum spp. As bandejas contendo os frutos foram mantidas à temperatura de 25 ± 2°C e, após o aparecimento dos primeiros sintomas, foi avaliada diariamente a severidade da doença. AgroMos® e Bion® apresentam efeito antifúngico sobre Colletotrichum spp., no crescimento micelial in vitro. Todos os elicitores reduzem a severidade da antracnose nos frutos do maracujazeiro.


Palavras-chave


Passiflora edulis, antracnose, controle alternativo.

Texto completo:

PDF (Português)

Referências


Alfenas A. C. & Mafia. R. G. (2016). Métodos em Fitopatologia (UFV, ed). Universidade Federal de Viçosa. Viçosa MG.

CEAGESP. Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 02/11/ 2022.

Costa, R. H. D. (2015). Métodos de inoculação de Fusarium spp. e uso de indutores de resistência “in vitro” para controle da fusariose do abacaxizeiro ornamental. Monografia de Graduação de Agronomia, Universidade Federal de Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.

Demartelaere, A. C. F., Nascimento, L. C. D., Guimarães, G. H. C., Silva, J. A. D., & Luna, R. G. D. (2017). Elicitores no controle da antracnose e qualidade pós-colheita em frutos de mamão. Pesquisa Agropecuária Tropical, 47, 211-217.

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. 2021. Produção Brasileira de Maracujá em 2021. Disponível em: . Acesso em: 24/11/2022.

Faleiro, F. G., Junqueira, N. T. V., Costa, A. M., Jesus, O. N., & Machado, C. F. (2017) Maracujá: Passiflora sp. Argentina: IICA, PROCISUR., 32.

Faleiro, F. G., & Junqueira, N. T. V. (2016) Maracujá: o produtor pergunta, a embrapa responde.. Brasília:EMBRAPA, 1 (1), 1-346.

Fernandes, L. C. B., Albuquerque, C. C., Júnior, R. S., Oliveira, F.F.M., Gurgel, E.P., & Mesquita, M.V. (2015) Fungitoxicity of plant extracts and essential oil of Lippia gracilis Schauer on the fungus Monosporas cuscannonballus Pollack and Uecker. Summa Phytopathologica, 41 (2), 153-155.

Fischer, I. H., Alves, S. A. M., Almeida, A. M., Arruda, M. C., De Almeida, A. M., De Bertani, R. N., & Garcia, M. J. (2009). Elaboração e validação de escala diagramática para a quantificação da severidade da antracnose em frutos de maracujá-amarelo. Summa Phytopathologica. Botucatu, 35(3) , 226-228.

Gomes, R. S. S., Demartelaere, A. C. F., Nascimento, L. C., Maciel, W. O., & Wanderley, D. B. N. S. (2016). Bioatividade de indutores de resistência no manejo da antracnose da goiabeira (Psidium guajava L.). Summa Phytopathologica, 42(2), 149–154.

Gurgel, L. M. S., Coêlho, R. S. B., da Silva, R. L. X., de Oliveira, S. M. A., da Rosa, R. C. T., de Assis, T. C., & Andrade, D. E. G. T. (2014). Metodologia alternativa no manejo da antracnose pós-colheita em Heliconia rostrata. Pesquisa Agropecuária Pernambucana, 19(1), 20-24.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2021. Produção de Maracujá. Disponível em: < https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/maracuja/br>. Acesso em: 13/09/2022.

Jamiołkowska, A. (2020). Natural compounds as elicitors of plant resistance against diseases and new biocontrol strategies. Agronomy, 10(2), 1-173.

Maia, L. D. M., Demartelaere, A. C. F., Silva, H. F., Silva, E. C., Porcino, M. M., & do Nascimento, L. C. (2020). Pós-colheita de Mangifera indica: avaliação do potencial de tratamentos alternativos para o controle da antracnose. Brazilian Journal of Development, 6 (7), 53977-53993.

Nascimento, L. C. D., Nery, A. R., & Rodrigues, L. N. (2008). Controle de Colletotrichum gloeosporioides em mamoeiro, utilizando extratos vegetais, indutores de resistência e fungicida. Acta Scientiarum. Agronomy, 30, 313-319.

Pavan, M. A., Krause-Sakate, R., Moura, M. F., & Kurozawa, C. (2016). Doenças Das Solanáceas. In: Amorim, L., Rezende, J. A. M., Bergamin Filho, A., & Camargo, L. E. A. Manual de Fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas (5a ed.) São Paulo: Agronômica Ceres.

R Core Team (2020). R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. URL https://www.R-project.org/.

Rodrigues, V. W. B., Bueno, T. V., & Tebaldi, N. D. (2016). Biofertilizantes no controle da mancha bacteriana (Xanthomonas spp.) do tomateiro. Summa Phytopathologica, 42, 94-96.

Seifert, K. A., & Gams, W. (2011). The genera of Hyphomycetes–2011 update. Persoonia-Molecular Phylogeny and Evolution of Fungi, 27(1), 119-129.

Silva, H. F. (2018). Manejo pós-colheita de Colletotrichum gloeosporioides em Maracujá amarelo. Dissertação de Mestrado em Agronomia, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB, Brasil.

Souza, M. C., Silva, J. F., Carvalho Neto, S., Silva, H. F., Silva, E. C. & Nascimento, L. C. (2022) Elicitores de resistência no manejo da antracnose em frutos de Musa spp. Meio Ambiente (Brasil), 4 (4), 1-5.

Thakur, M., & Sohal, B. S. (2013). Role of Elicitors in Inducing Resistance in Plants against Pathogen Infection: A Review. ISRN Biochemistry, 2013, 10.

Viana, F. M. P., Freire, F. C. O., Cardoso, J. E., & Vidal, J. C. (2003).Principais doenças do maracujazeiro na região nordeste e seu controle. Comunicado Téc nico, 86, ISSN 1679-6535, 1–11.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2022 Severino de Carvalho Neto, Jakeline Florêncio da Silva, Mirelly Coêlho de Souza, Hilderlande Florêncio da Silva, Edcarlos Camilo da Silva, Luciana Cordeiro do Nascimento

Revista Brasileira de Meio Ambiente (Rev. Bras. Meio Ambiente) | ISSN: 2595-4431

CC-BY 4.0 Revista sob Licença Creative Commons
Language/Idioma
02bandeira-eua01bandeira-ingla
03bandeira-spn