Periódico de Acesso Aberto
0.4
Indexada na
SCOPUS
B3
2017-2021
quadriênio
Planejamento e Meio Ambiente | v. 10 n. 1 (2022)
Informações do autor
Publicado em dezembro 30, 2021
Apresentar a imensa biodiversidade como resultado de um processo histórico e dinâmico pode ser um passo adiante na conscientização ambiental no Brasil. Mas essa lógica de atuação só pode contribuir efetivamente se deixarmos de lado uma visão antropocêntrica parar dar espaço ao raciocínio da ancestralidade comum e das relações ecológicas, que aqui denomino como ‘transição ego-eco-evo’. Além da Biologia da Conservação, muitas outras áreas da ciência têm vislumbrado os benefícios dos ambientes naturais para a qualidade de vida dos seres humanos. O bem-estar inconsciente que ambientes preservados nos desperta é denominado ‘biofilia’, e versa sobre a ligação emocional que os seres humanos têm com outros organismos vivos e com a natureza. Essa mudança de estilo de vida claramente tem ramificações para nosso bem-estar e qualidade de vida, e outras áreas da ciência, como a Psicologia e a Medicina têm desenvolvido abordagens inovadoras para mensurar o impacto de ambientes naturais em nossa saúde física e mental. Estudos recentes indicam que a imersão na natureza e a correspondente desconexão da tecnologia aumentam a criatividade e a resolução de problemas. Em relação à riqueza de espécies que compõem os ambientes naturais, atualmente sabemos que ecossistemas com um número maior de espécies fornecem maior quantidade e qualidade de serviços ambientais, além de se recuperarem mais rapidamente após distúrbios. E para que todas essas informações se disseminem na sociedade, a divulgação científica e novas abordagens na educação ambiental têm um papel de extrema importância para que o Brasil avance em suas políticas públicas ambientais